Combate às doenças negligenciadas

Alinhada ao princípio de promover o acesso à saúde, na Novartis estamos comprometidos com o combate de doenças negligenciadas. Nossa atuação faz parte de nossa estratégia de Responsabilidade Corporativa, na frente de saúde pública, levando acesso a tratamentos à população e, consequentemente, contribuindo com a sociedade ao se estabelecer como um parceiro de confiança em saúde.

Desenvolvemos iniciativas que fortalecem a confiança da sociedade visando eliminar as seguintes doenças negligenciadas: Hanseníase, Doença de Chagas, Malária e Doença Falciforme.

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Contribuindo para eliminar a Hanseníase

A hanseníase, comumente conhecida como lepra, é uma das doenças mais antigas conhecidas pelo homem. Ela provoca, sobretudo, lesões de pele e danos aos nervos. Estima-se que 2 a 3 milhões de pessoas no mundo vivam com deficiência física como resultado da doença. Ela geralmente ocorre em comunidades de difícil acesso, com pouco acesso aos cuidados de saúde e onde pacientes não tratados continuam a espalhar a infecção.

A doença tem cura e já deveria estar erradicada, mas atinge cerca de 30 mil pessoas no país ao ano. O Brasil está em segundo lugar no ranking de países com novos casos de hanseníase, atrás apenas da Índia, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O enfrentamento da hanseníase é prioridade para o Ministério da Saúde, sendo as principais estratégias de ação a detecção precoce de casos e o exame de contatos, com o intuito de prevenir as incapacidades físicas e favorecer a quebra da cadeia de transmissão. Há mais de 30 anos, a Novartis e a Fundação Novartis trabalham com parceiros em todo o mundo para eliminar a hanseníase.

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Carreta Novartis da Saúde em combate à hanseníase

Em 2009 a Novartis assumiu o desafio de contribuir de forma mais ativa com a erradicação da hanseníase no Brasil, por meio da Carreta da Saúde – um caminhão itinerante que atua como um centro de saúde móvel, com cinco consultórios e um laboratório. Em 10 anos de atuação a iniciativa já permitiu mais de 70 mil atendimentos gratuitos, percorreu 500 municípios e diagnosticou mais de 2 mil pacientes.

A Carreta viaja para as regiões do país mais afetadas pela doença. Durante as visitas, a população pode fazer exames médicos gratuitos e as comunidades são educadas sobre métodos de prevenção e controle, e sobre a importância da adesão ao tratamento da hanseníase. Os pacientes diagnosticados recebem gratuitamente o tratamento completo disponibilizado pelo Ministério da Saúde, bem como as prescrições médicas para receber os medicamentos durante os meses seguintes.

O projeto foi desenvolvido em um esforço conjunto com o Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais de Saúde, as Secretarias Municipais de Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS).

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Doença de chagas

Em 1909, o médico brasileiro Carlos Chagas foi o primeiro a descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi no sangue do ser humano. Após mais de um século, a doença de Chagas ainda continua sendo um grande problema de saúde pública. Também conhecida como tripanossomíase americana, é uma doença tropical negligenciada potencialmente fatal; é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.

A doença é endêmica em 21 países do continente americano e estima-se que mais de 90% dos infectados desconhecem esta situação por falta de oportunidade de diagnóstico. No Brasil, a doença de Chagas acomete mais de um milhão de pessoas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Estima-se, aproximadamente, 50 novos casos ao ano. Anualmente, morrem 6 mil pessoas devido às complicações crônicas da doença, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Conforme informações do Ministério da Saúde, a doença de Chagas apresenta-se em uma fase aguda inicial, em que um alto número de parasitas circula no sangue. Na maioria dos casos, os sintomas estão ausentes ou são leves e inespecíficos. Durante a fase crônica, a doença afeta principalmente o coração e os músculos digestivos, levando a distúrbios cardíacos em até 30% dos pacientes e alterações digestivas, neurológicas ou mistas em até 10% dos pacientes. A infecção pode eventualmente levar à morte súbita devido a arritmias cardíacas ou insuficiência cardíaca progressiva. 

Estudo PARACHUTE-HF: Pela primeira vez, o Brasil e outros países da América Latina são palco de um estudo que avalia um tratamento para insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida em pacientes com doença de Chagas, o PARACHUTE-HF (Prevention And Reduction of Adverse outcomes in Chagasic Heart failUre Trial Evaluation).

Este será o primeiro estudo de grande porte para avaliar uma potencial terapia para insuficiência cardíaca especificamente nesta população negligenciada, podendo representar um marco importante para o tratamento da doença. A investigação é realizada pela Novartis em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica (BCRI). Estão sendo recrutados cerca de 900 pacientes em vários centros de pesquisa no continente latinoamericano.

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Luta contra a Malária

A Novartis está comprometida com a luta contra a malária nas últimas duas décadas. Em 1999, lançamos a primeira terapia combinada à base de artemisinina em dose fixa e, em 2009, a primeira terapia pediátrica dispersível desenvolvida em parceria com a Medicines for Malaria Venture (MMV). Atualmente, estamos trabalhando no desenvolvimento da próxima geração de antimaláricos.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A principal manifestação clínica da malária em sua fase inicial é a febre, associada ou não a calafrios, tremores, suores intensos, dor de cabeça e dores no corpo.

O diagnóstico seguido de tratamento correto são os meios mais adequados para reduzir a gravidade e a letalidade pela doença. Ela tem cura, mas pode evoluir para suas formas graves em poucos dias se não for diagnosticada e tratada rapidamente, por isso deve ser sempre considerada como uma emergência médica.

Noventa por cento dos casos de malária e mais de 90% mortes pela doença ocorrem na África Subsaariana. As crianças com menos de 5 anos correm um risco particular. No Brasil, em 2019, mais de 160 mil novos casos foram notificados em todo o país - mais de 99% deles ocorreram nos estados que compõem a região amazônica, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

A nossa contribuição: Para contribuir com o combate à doença no mundo, a Novartis realiza o investimento de USD 100 milhões no desenvolvimento de duas novas moléculas para o tratamento da Malária.

Desde 2001, a Novartis já doou mais de 750 milhões de doses do medicamento antimalária. Buscamos também implementar uma estratégia para maximizar o acesso dos pacientes nos países onde a malária é uma doença endêmica, quando esses novos tratamentos estiverem disponíveis.

A fim de contribuir com a meta da Organização Mundial da Saúde de reduzir a mortalidade infantil relacionada à malária em pelo menos 90% até 2030, a Novartis ajudará a expandir o acesso a antimaláricos pediátricos e a implementar programas de fortalecimento de sistemas de saúde em 4 países subsaarianos.

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Doença Falciforme

Novartis buscamos uma abordagem abrangente para combater a doença falciforme. Estamos desenvolvendo novos medicamentos inovadores para tratá-la e trabalhamos continuamente para expandir o acesso das pessoas ao diagnóstico e tratamento.

Essa doença ao longo da vida costuma ter um custo emocional, físico e financeiro extremo para os pacientes e suas famílias. Trata-se de uma doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. A hemoglobina, que transporta o oxigênio e dá a cor aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo.

Essa condição é mais comum em indivíduos da etnia negra. No Brasil, representam cerca de 8% dos negros, mas devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no país, pode ser observada também em pessoas de etnias branca ou parda. Quanto à anemia falciforme, segundo o Ministério da Saúde, a incidência é de 2% a 6% em todo o país, podendo alcançar de 6% a 10% na população afrodescendente.

A nossa contribuição: Há mais de 40 anos a Novartis tem se empenhado em compreender a anemia falciforme e trabalhar para o tratamento. Em 2019, a empresa anunciou que o FDA aceitou o Pedido de Licença Biológica (BLA) e concedeu a Priority Review para seu medicamento. Por meio de pesquisa, recursos educacionais e programas de acesso, continuaremos nossos esforços para apoiar pacientes, profissionais de saúde e cuidadores.

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Iniciativas em andamento

Parceria entre Novartis e Fiocruz

Em 2019, o Grupo Novartis e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinaram um Memorando de Entendimento para formalizar a cooperação das duas instituições em projetos de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico para combater doenças negligenciadas, como Hanseníase, Doença de Chagas, Malária e Anemia Falciforme.

A parceria contempla a elaboração e a execução conjunta de iniciativas em investigação em saúde e o intercâmbio acadêmico de pesquisadores e alunos, além de priorizar o compartilhamento de informação e documentação técnica, organização de conferências e publicação de artigos científicos.

O acordo, que estabelece uma troca de know-how entre a Novartis e a Fiocruz, além de proporcionar progresso nas políticas de saúde pública no Brasil, representa e reafirma o nosso compromisso em erradicar essas doenças e, assim, contribuir para melhorar e estender a vida das pessoas.

A Fiocruz será também um dos quase 100 centros de pesquisa da América Latina que participarão do estudo inédito para avaliar o tratamento de pacientes com cardiomiopatia crônica associada à doença de Chagas (uma forma de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida). Esse estudo ampliará a compreensão sobre essa doença que, embora seja secular, segue atingindo severamente milhares de pessoas.

*Dados do Ministério da Saúde acessado em Julho de 2020 em https://www.gov.br/saude/pt-br